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Curso: Pesquisa da Informação na Internet
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Pesquisa da Informação na Internet

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O que é o plágio?

Fonte: https://uapt.libguides.com/c.php?g=698893&p=5019183

Introdução

Este guia apresenta um conjunto de boas práticas para o uso ético da informação no âmbito da elaboração de trabalhos académicos e científicos de forma a garantir a integridade académica e a honestidade intelectual evitando assim o plágio. No âmbito dos códigos de conduta e da integridade na investigação, o plágio é uma violação das boas práticas, constituindo um dos principais tipos de má conduta, a par com a falsificação e a fabricação de que podem ser alvo as práticas científicas.

Embora o plágio seja um conceito familiar, não tem uma definição universal. Isso deve-se à diversidade de situações em que pode ocorrer e à dificuldade de interpretação dessas situações, o que faz com que existam múltiplas definições. O contexto académico é disso exemplo, cada universidade estabelece a sua definição que tem como denominador comum um conjunto de práticas que lesam a integridade académica.

O que é o plágio?

plágio Do grego plágios, «oblíquo», pelo latim plagĭu-, «plágio»

1. DIREITO apresentação que alguém faz de obra ou de trecho de obra (literária, científica, musical, artística, etc.) da autoria de outrem como sendo de sua própria autoria; plagiato

2. imitação fraudulenta (de obra alheia)

Fonte: Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa 

Definição no contexto académico
O plágio académico consiste na cópia parcial (trechos, frases e/ou parágrafos) ou integral de uma obra e valer-se também de ideias e conceitos já publicados numa obra sem mencionar a fonte no trabalho académico. É usar conteúdo produzido por outra pessoa e colocá-lo como se fosse de sua autoria. É o ato de assinar ou apresentar como seu o conteúdo intelectual produzido por outra pessoa ou grupo. Estamos perante o ato de plágio sempre que consultarmos documentos/ fontes (artigos, livros, Literatura cinzenta, sites web, etc.) e usarmos no nosso trabalho académico sem dar os devidos créditos por meio da citação e referenciação.

Porque plagiamos?

Tipos de plágio

Plágio não intencional

Ocorre de forma acidental ou inadvertida, muitas vezes motivado pelo desconhecimento das boas práticas no uso responsável das fontes, por não se saber como o fazer ou quando o fazer. Esta é provavelmente a forma mais comum de se incorrer em plágio. 

Manifesta-se em problemas como não citar e referenciar as fontes, assim como na forma como são usados os conteúdos das fontes.

Exemplos:

  • ausência de citação e referenciação de fontes que não sejam do conhecimento geral;
  • falta de aspas quando é usado um extrato de texto original, mesmo que indicada a fonte;
  • dificuldades na forma de se parafrasear usando palavras próprias, mesmo que indicada a fonte;
  • falha na forma de se resumir usando palavras próprias, mesmo que indicando a fonte.

Fonte: Duke University, Trinity College of Arts & Sciences 

Fonte: Infografia Os 10 tipos de plágio mais comuns

 

Plágio Intencional

Ocorre de forma consciente motivado pelos desrespeito das boas práticas no uso responsável da informação.

Manifesta-se por exemplo, quando alguém assume a autoria de um trabalho que, no seu todo ou em grande parte, foi realizado por outros.

Exemplos:

  • comprar um trabalho já escrito por outros;
  • pagar a alguém para escrever parte ou todo o seu trabalho;
  • submeter como seu um trabalho de outro, ainda que não publicado, com ou sem a sua permissão;
  • submeter como seu um trabalho realizado por um grupo em que tenha participado;
  • submeter um trabalho que previamente tenha apresentado num outro contexto, sem dar essa informação;
  • criar citações falsas.

Fonte: Duke University, Trinity College of Arts & Sciences 

 

Autoplágio

Enquanto o plágio em geral se refere à utilização não ética de fontes de outros autores, o autoplágio refere-se à reutilização de trabalhos já escritos pelo próprio autor.​

As definições tradicionais de plágio não costumam ter em conta o autoplágio, daí os autores por vezes não darem muita importância à questão ética da reutilização dos seus conteúdos.

Exemplos:

  • republicar um trabalho, apresentando-o como se fosse original (artigo já publicado anteriormente sem informar o leitor ou o editor da revista);
  • reutilizar partes de um estudo previamente escrito, sem citar a fonte original.

Os autores podem usar partes dos seus trabalhos anteriores, desde que devidamente citados e referenciados. Contudo, o uso de um grande extrato de texto pode infringir o contrato com o editor no caso de cedência dos direitos de autor, não estando igualmente de acordo com as guidelines de publicação.

Fontes:
https://ori.hhs.gov/sites/default/files/plagiarism.pdf 
https://www.turnitin.com/blog/is-recycling-your-own-work-plagiarism

Estratégias para evitar o plágio

Apresentamos de seguida algumas dicas pertinentes que asseguram um uso responsável e ético das fontes de forma a não incorrer em situações de plágio:

Método de estudo 

  • definir um plano de trabalho
  • entender a pesquisa de informação como um processo de aprendizagem
  • estar informado sobre o que é o plágio e as situações que o originam

Registar as fontes

  • registar a origem das fontes que seleciona
  • tomar notas sobre as fontes consultadas
  • usar um gestor bibliográfico para guardar os registos

Avaliar as fontes 

  • avaliar criticamente a qualidade das fontes
  • selecionar apenas fontes com autoria
  • selecionar fontes atualizadas

Usar as fontes

  • usar palavras próprias na interpretação do texto de outros autores
  • saber como usar os textos de outros ao transcrever através do uso de aspas, parafrasear e resumir
  • conhecer as boas práticas de uso responsável da informação

Indicar as fontes

  • citar as fontes ao longo do texto
  • indicar no final a lista das referências bibliográficas
  • escolher uma norma ou estilo bibliográfico para citar e referenciar
  • usar um gestor bibliográfico para citar e referenciar automaticamente

Citar e referenciar

As citações e referências bibliográficas devem ser apresentadas de forma uniformizada ao longo dos trabalhos.

Deve definir-se, desde o início da investigação, a norma ou estilo bibliográfico a utilizar.

Ter em conta a área de estudo / área científica e as orientações do docente/orientador.

Citação 
forma abreviada, colocada entre parêntesis no interior do texto, que permite identificar a publicação onde foram obtidas as ideias/pensamentos; estabelece uma correspondência inequívoca às respetivas referências bibliográficas.

Tipos de citação
Direta > transcrição literal do texto do autor (breves ou extensas)
Indireta > transmissão da ideia por palavras próprias
Citação de citação > ocorre quando não se tem acesso ao texto original

Conforme a norma ou o estilo utilizado, as citações em texto podem ser apresentadas nos seguintes formatos:
sistema autor-data: (Silva, 2020)   sistema numérico: [1] | (5) | a9 

Referência bibliográfica

apresenta os detalhes da publicação e constam no final do trabalho
permite uma identificação inequívoca dos documentos consultados
localização e acesso aos conteúdos do documento.

A ordenação da lista das referências bibliográficas depende da norma ou do estilo utilizado, podendo ser alfabética (pelo apelido do primeiro autor) ou numérica (pela ordem com que o documento foi citado a primeira vez no texto).

Os elementos que constituem uma referência bibliográfica variam conforme:

  • a tipologia de documento consultada (livro, artigo científico, página web, etc.) 
  • o formato do documento: impresso ou digital
  • a norma ou estilo utilizado

Como já referido, todas as fontes de informação em que nos baseamos para construir o nosso conhecimento devem ser citadas/referenciadas. Porém, há situações em que não é necessário fazê-lo. Eis alguns exemplos que ilustram esses dois tipos de situações:

CITAR

  • Palavras ou ideias apresentadas através de qualquer meio, que não sejam do próprio
  • Palavras exatas de outro autor (transcrição literal)
  • Interpretação de palavras/texto de outro autor (paráfrase)
  • Síntese de textos de outro autor (resumo)
  • Materiais visuais, áudio, etc., que não sejam do próprio
  • Informação obtida através de qualquer meio de comunicação​​

NÃO CITAR

  • Experiências, pensamentos, observações, conclusões do próprio
  • Resultados de investigação obtidos pelo próprio
  • Trabalhos artísticos, ou materiais visuais, registos sonoros, etc., realizados pelo próprio
  • Conhecimento comum ou factos​, como acontecimentos históricos ou atuais, ou informações que são amplamente conhecidas, por exemplo: 
    • O terramoto de Lisboa foi em 1755 
    • Coimbra é a universidade mais antiga de Portugal

Qual o gestor mais adequado?


Existe um conjunto de ferramentas online que permitem a criação de citações e de referências bibliográficas no âmbito da elaboração de trabalhos académicos e científicos de forma a garantir o uso ético da informação, a integridade académica e a honestidade intelectual evitando assim o plágio. Para trabalhos mais complexos, com grande número de fontes de informação e respetivas citações em texto, o uso dos gestores de referências automáticos com ligação a processadores de texto podem ser mais benéficos. Estes softwares simplificam todo o processo de armazenamento, organização e gestão das referências bibliográficas num único ponto de acesso tendo por base o citar e referenciar de forma automática. Seguem-se alguns exemplos: 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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